Nuvem nua
 
Não serei o mar.
Apenas a imagem solitária,
Do romântico triste a olhar.
Contudo adeus amada,
Estarei por perto
Vagando pelas madrugadas.
 
Não serei a lua
Apenas a imagem da saída
Coberta pela nuvem nua
Contudo, adeus meu amor.
 
Não serei o vento,
Apenas a música de despedida
Assobiada na partida.
 
Não serei o sol,
Apenas a sombra que parte agora,
Não chore. A história acaba aqui:
Deixo-te e vou-me embora,
Vês. Também choro.
 
Não serei o caminho,
Apenas uma estrada de chão
Que balança, machuca
E quebra o coração.
 
Estarei sempre por perto
Mantenha teu sonho,
A areia continua no deserto.
 
Do trem partindo verei uma vez mais o jardim.
Ele continuará jardim
Será só teu, nada mais terá de mim.
 
À noite te verei em cada estrela,
Rezarei no quarto solitário e triste,
Distante só estará,
O amor que não mais existe.



(Versão original na íntegra de Epílogo do Amor publicado dia 15/06 na minha página 4 em dueto com a poetisa NLC)
Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 08/11/2013
Reeditado em 17/03/2016
Código do texto: T4561551
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