VIAJANTE

A caneta vadia

fugiu da seção

na primeira mão

que lhe pôs os dedos...

Entre bolsos e pastas

de ralés e de castas

viajou tantas milhas,

tantos mares e chãos,

tantas mãos,

tantas ilhas,

cartas e ofícios...

De repente a caneta

peregrina, cigana,

sem clã, sem ninho,

desembarca na beira

desta escrivaninha...

Então acolho, acarinho,

ponho na coleira,

pois daqui por diante

a caneta é minha.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 07/11/2013
Reeditado em 07/11/2013
Código do texto: T4560966
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.