Neopaganism
Ah! Como sabia o que queria.
Aquele poeta trazia dentro de si o projeto
De editar os seus “ eus” congênitos e outros
Extraídos dos arquétipos conhecidos.
Desviado de todas as religiões, a lucidez o
mandava escrever uma outra forma de ser.
Uma existência natural a seguir o caminho
Do pó da terra.
E da erva que se faz pão.
Das árvores, que sem nada pedir, além de que
ninguém as venha ferir.
Doam o oxigênio, carvão a alimentar a combustão.
Energia que alimenta o motor da nossa existência.
Uma religião que não quer religar.
A natureza não pensa, a atmosfera, o mar e a terra
são uma extensão de uma outra dimensão.
A tomada nunca foi desligada.
Ali não há o que religar.
O poeta sabia e escrevia, e pedia para fecharem os
livros de filosofia.
Deitar na grama, rolar.
Rir e dançar com as estrelas até se fartar.
Convidar a lua para ser seu par.
Desatar a correr, imitar os pássaros a voar.
Estufar o peito, deixar os pulmões saturados
de ar.
Saborear os frutos , que a Mãe Terra criou
para nos alimentar.
Se deliciar com as guloseimas que a mãe amorosa
Deu de criar.
Que religião é mais capaz de levar o homem para
a civilização?
Um homem que aprendeu com a natureza a acolher o irmão.
Um homem que volta à terra e se faz como ela pão da vida,
cálice da salvação.
Deve ser isto a volta de D. Sebastião.
Lita Moniz
Ah! Como sabia o que queria.
Aquele poeta trazia dentro de si o projeto
De editar os seus “ eus” congênitos e outros
Extraídos dos arquétipos conhecidos.
Desviado de todas as religiões, a lucidez o
mandava escrever uma outra forma de ser.
Uma existência natural a seguir o caminho
Do pó da terra.
E da erva que se faz pão.
Das árvores, que sem nada pedir, além de que
ninguém as venha ferir.
Doam o oxigênio, carvão a alimentar a combustão.
Energia que alimenta o motor da nossa existência.
Uma religião que não quer religar.
A natureza não pensa, a atmosfera, o mar e a terra
são uma extensão de uma outra dimensão.
A tomada nunca foi desligada.
Ali não há o que religar.
O poeta sabia e escrevia, e pedia para fecharem os
livros de filosofia.
Deitar na grama, rolar.
Rir e dançar com as estrelas até se fartar.
Convidar a lua para ser seu par.
Desatar a correr, imitar os pássaros a voar.
Estufar o peito, deixar os pulmões saturados
de ar.
Saborear os frutos , que a Mãe Terra criou
para nos alimentar.
Se deliciar com as guloseimas que a mãe amorosa
Deu de criar.
Que religião é mais capaz de levar o homem para
a civilização?
Um homem que aprendeu com a natureza a acolher o irmão.
Um homem que volta à terra e se faz como ela pão da vida,
cálice da salvação.
Deve ser isto a volta de D. Sebastião.
Lita Moniz