Planto na sombra dos corpos grudados
O cálice amargo do licor condensado.
A magia transformada em vultos derramados
Vozes se transformam em gemidos sussurrados.
 
Quem sente mais forte não entende
A fraqueza pragueja nos arredores.
Estica-te na suavidade que me rende
Prece vazia de filme de horrores.
 
Aquele que feliz sorri na vida
Que toca o pandeiro da alma contente
Tem minha inveja assumida,
Ah, não quero ver nem mostrar os dentes.
 
Junto no chão a maçã mais podre.
Escuto ao longe fortes gargalhadas.
Sento a beira da margem salobra
Sem força e sem rumo pra pegar a estrada.

 
Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 28/10/2013
Reeditado em 20/06/2015
Código do texto: T4544896
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