Madeira velha

Sem a paciência devida

a esta altura da vida

sem a doçura da criança

sem doce o açúcar

e ainda menos o mel

Depois de tanto tempo

Numa cadeira tão velha

as mãos se misturam à madeira

se entrelaçam enrugadas

Há muito deixada de lado

depois de tanto fazer

depois de tanto dizer

e agora nada

Uma velhice sem graça

A solidão veio enfim

Já terminei minha história

Nada mais a saber

Espero o adeus da poeira

Aguardo enfim o descanso

Sem sorriso e sem choro

Sem saudades de mim

Marcela Cristiane
Enviado por Marcela Cristiane em 20/10/2013
Reeditado em 20/10/2013
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