A MORTE DO AVARENTO
(Samuel da Mata)

Chega a noite escura sobre o avarento
De sua soberba se extingue a voz
Todos o desprezam, deixam-no ao relento
Padece sozinha, sua alma atroz

Por suas riquezas querem o seu emborco
Nenhuma companhia no seu desviver
Abreviem a morte, cremem logo o corpo!
É o que, de seus entes, se ouve o dizer

Como erva daninha, sua vida encerra
Palha que esvoaça em meio a ventania
Murcha, seca e morre, cessa a tirania

A viuvez dispara o dividir das terras
Filhos se espedaçam em meio a partilha
São as cópias exatas do rei da matilha
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 18/10/2013
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T4530623
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