DEPRESSÃO

Um olhar de pedido, perdido no espaço;

expressão da pressão de quem tenta conter;

depressão que depressa o depreda por dentro

e faz traço por traço dar um nó no rosto...

Uma dor bem doída sem dor aparente

sob o nervo escondido no dente afetivo,

alma cheia de cáries que nada obtura

no vazio que oculta cada uma delas...

Quem será que será seu olheiro vital,

pra salvá-lo do vácuo dessa morte viva

ou ogiva de sonhos que há muito explodiram?

Nem há prece que apresse o já bem-vindo fim,

sim nem não, só a mão que segura o destino

e prolonga o seu nada que virou seu tudo...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 16/10/2013
Código do texto: T4527875
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