Ai que Sono!
Ai que sono!
É a resposta ao sonho medonho.
Dormir para deixar de me sentir.
Ficar assim longe de mim até derreter
o que sentia ser.
Preciso esquecer.
Bebi fel, queimei os dedos no fogo do inferno.
A cruz incendiou-se, aumentou a minha dor.
Os demônios adormecidos acordaram.
Em chamas saltavam dentro de mim.
Da minha boca saía uma cobra irada.
Era a ira incendiada.
O rancor rasgou meu ventre, incendiado por
fora e por dentro.
Um monstro sem igual, descomunal.
A minha cabeça em fúria sacudia, tentava se
Livrar dos ratos malditos aos gritos.
O incêndio se alastrava, o estômago expulsava
A amargura, um líquido visceral pelos cantos da
boca escorria.
Ninguém, ninguém me acudia.
Ninguém queria chegar perto da minha agonia.
O mundo! Sabem o que o mundo fazia? Ria...
Lita Moniz
Ai que sono!
É a resposta ao sonho medonho.
Dormir para deixar de me sentir.
Ficar assim longe de mim até derreter
o que sentia ser.
Preciso esquecer.
Bebi fel, queimei os dedos no fogo do inferno.
A cruz incendiou-se, aumentou a minha dor.
Os demônios adormecidos acordaram.
Em chamas saltavam dentro de mim.
Da minha boca saía uma cobra irada.
Era a ira incendiada.
O rancor rasgou meu ventre, incendiado por
fora e por dentro.
Um monstro sem igual, descomunal.
A minha cabeça em fúria sacudia, tentava se
Livrar dos ratos malditos aos gritos.
O incêndio se alastrava, o estômago expulsava
A amargura, um líquido visceral pelos cantos da
boca escorria.
Ninguém, ninguém me acudia.
Ninguém queria chegar perto da minha agonia.
O mundo! Sabem o que o mundo fazia? Ria...
Lita Moniz