O poeta não tem fim

O poeta não tem fim

Disse o poeta

Traga-me o papel

Ninguém o escutou

Traga o papel para mim

O meu ego não tem fim

O poeta insistiu

Traga o papel para eu rabiscar

Ainda preciso sonhar

A criança escutou

O poeta escreveu

Rabiscou, sorriu, chorou

Espreguiçou, suspirou

O meu papel levarei

E lá no meu túmulo sonharei

Sonharei... sonharei...

O que a vida não me ofertou.

A criança entendeu, sorriu e balbuciou.

Adeilde de Oliveira

Adeilde de Oliveira
Enviado por Adeilde de Oliveira em 11/10/2013
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