ANÁTEMA
Por que este olhar julgador,
Não aceitas as oferendas,
Abominas o desejo, meu amor,
O que queres, por que afrontas.
Julgas meus sonhos, ideais,
Sem conhecerdes meus desejos,
Aqueles revelados, que prevejo,
Em dias de sol, matinais.
Me expulsas dos olhos, da visão,
Excomunga-me de teus sonhos,
Sem retroceder, com retidão,
Retalhando-me a alma, meus olhos,
Em um sofrer sem compaixão.
Esta sentença proferida
Pela boca encarnada que beijo,
Parece um punhal prolixo
Rasgando minha pele ferida,
Desfazendo meus sonhos, os desejos.
Por que este olhar julgador,
Não aceitas as oferendas,
Abominas o desejo, meu amor,
O que queres, por que afrontas.
Julgas meus sonhos, ideais,
Sem conhecerdes meus desejos,
Aqueles revelados, que prevejo,
Em dias de sol, matinais.
Me expulsas dos olhos, da visão,
Excomunga-me de teus sonhos,
Sem retroceder, com retidão,
Retalhando-me a alma, meus olhos,
Em um sofrer sem compaixão.
Esta sentença proferida
Pela boca encarnada que beijo,
Parece um punhal prolixo
Rasgando minha pele ferida,
Desfazendo meus sonhos, os desejos.