Janela
Janela
Quando a bebida acaba no meio da noite,
O que é que sobra?
Um pouco de paz talvez,
Uma respiração funda, um pouco triste.
Quem sabe?
Somos todos anjos caídos,
Com as asas cortadas pelo coração pesado,
Insistindo em tentar,
Continuar tentando sem sequer perguntar o porque...
Mas por quê?
Porque o cigarro apaga, a bebida se esgota, e a paixão vai acabando?
Até conhecermos aquele ser, que já passou assim como eu por tantas camas,
Procurando uma loucura que parece ser tão compatível com a sua.
É ai que vem aquela lembrança, que vem toda de branco,
Quando te vi pela primeira vez através daquela tela,
Sozinho junto com o meu vinho.
Então vem aquela vontade,
Bate aquela saudade do que nunca aconteceu,
Mas que fica ali, batendo no coração,
Enquanto só vem e me bate aquela solidão cheia de decepção,
Daquele chilique dado a atoa,
Que só em vão vem atrapalhar.
E eu fico aqui esperando esse amor entrar por uma janela,
Só para dizer que já começo a gostar dela...