MASCARADOS
Sou aquilo
Que anda por aí solto
Que vira ou desvira
Corre e nem se cansa tanto
Sou o bicho
Que mostra os dentes
Não pra pose!
Estou pedra azulejada
Barro igual sangue
Ar transparente de vez em quando
Água cristalina nunca pareço!
Mas...
Sou o pó que vem de todos
Que só um dono não tem
Posso hoje ser negro
Ou branco?
Mas preto posso ser também...
Sou a lama nossa incandescente
Que a morte...
E a vida pertence!