Poesia de pássaro de asas machucadas
Dedicada à Patrícia Oliveira
Chão firme!
Então são assim aquelas coisas minúsculas que eu via lá de cima!?
E como fazem barulho meu Deus!
Lá do alto eram tão silenciosas...
Não é que eu não goste. Apenas estranho ainda...
O som daqui de baixo é muito alto e devo sempre
andar de olhar erguido.
Dói a minha nuca, mas ainda assim eu canto.
Canto porque sei que aos poucos minhas asas saram
e voltarei a voar.
É confuso, mas parece que até aqui embaixo,
tem horas que eu consigo voar.
Como esses seres enormes que fazem doer-me a nuca
conseguem voar sem asas meu Deus!?
Enquanto minhas asas saram, as feridas cicatrizam, penso:
“Quando voar novamente, quando eu estiver voando nas nuvens mais altas,
Ah! Vou olhar para os pequeninos com tanto carinho!”
Wellington Cruvinel
23/09/13 segunda, 22:27