DE REPENTE AMOR

Já me dói não te achar no display do aparelho,

quando as minhas esperas eram coroadas,

minhas noites vazias, meus nadas, meu sono

se vestiam de sonhos; encanto; magia...

Fazes falta na sombra do quarto minguante

que meu quarto compunha na minha tristeza,

se não vinhas da lua para os meus ouvidos

que bebiam, sedentos, o som dessa voz...

E me falta esperar que viesses de fato

com a tua bagagem repleta de afagos,

a tu´alma e teu tato esparramando afeto...

Não achei que te amasse, que fosse tão teu,

e me perco em meu veto, meu medo, esta fuga

do que tento esconder até mesmo de mim...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 04/09/2013
Código do texto: T4465990
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