DESINVENTANDO A FELICIDADE

Se não tinha que ser, me acomodo e me calo;

meu abalo é bem meu, sei cair só por dentro,

porque sou implodido e preservo em redor

quem não sabe que a dor é raiz do meu chão...

E assim se repete uma história de sempre,

que termina em vazio, em solidão sem fim,

na poeira que o tempo saberá conter;

nos escombros do sonho que passou da hora...

Sei calar quando a voz não conseguiu antena,

quando a rena percebe que não tem natal;

sem presente ou presença volta pro seu canto...

Eras minha ilusão de ser feliz de novo,

minha caixa, meu ovo, embalagem da sorte

ou deserto inventado só pra ter miragem...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 21/08/2013
Código do texto: T4444455
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