SER HUMANO; E DAÍ

Ser poeta ou artista,

mas também ser humano...

Não precisa ser tísico,

deprimido e metafísico,

arrogante ou simplório,

desleixado nem chique...

Tenha versos profundos,

cores bem abstratas,

e suas obras retratem

outras vidas e mundos

ou quem sabe outras datas,

mas tenha sempre a pessoa...

o ser humano fútil...

que ri do esmo, do inútil,

que se apaixone por glúteos,

por abdome,

que dá ou come

ou mesmo ambos,

aprecia fraque ou longo,

roupa esporte, pouca roupa,

talvez use molambos,

só não despreza os opostos...

Um artista ou poeta

que não se afete ou arrote

bafos da divindade,

nem seja o tal; seja um...

Porque poeta ou artista

também cospe; vomita...

(...)

e solta pum.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 13/08/2013
Reeditado em 14/08/2013
Código do texto: T4432998
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