Diana
Oh doce Diana,
Abriu o sol das suas pegadas
em solo úmido cravadas em esperança.
Mas hoje voam teus falsetes de jazz
Voltas ao bê-á-bá sem esquinas
Leva de mim teu samba, meu conterrâneo.
Talvez esqueças os instintos
Que saboreou comendo acordes.
Eu devorava teus olhos e cada poro.
Mas, Diana, retrás-me teu riso
Sabendo que por falta de zelo
Minha carne palpita em teu seio
Nossos corpos quentes nesta tarde chuvosa
Espero tua volta
Espero que volte quando voltar o sol.
Iluminado era, cara Diana
Tuas expressões de dor
Quando recuperava o fôlego
Apenas pelo sabor de senti-lo faltar novamente
Quando, no fundo,
Mudo era o teu pássaro a cantar.