DESAPRENDI
Desaprendi o jovem.
Convivo com o totem.
Nem sei que marcas tenho.
Se de tênis ou cicatriz.
Acho que me perco
um pouco no tempo
um pouco no vento.
Não assimilo mais os abraços.
Escassos os beijos de ocasião.
Essa não! Quem me dera
a ilusão de outrora!
Não dormir noites iguais.
Nem sonhar dias diferentes.
Desaprendi mesmo o jovem.
Sempre em busca de algo.
Sempre esquecendo o antigo.
Sempre vivendo de passos.
Nunca pensando no agito.
Nunca sabendo tão quieto.
Desaprendi a ser tão Egito.