O VENTO, O INVERNO E O POEMA

No vento marinho de inverno

em dias de tempestades e fúrias

o poema cuidadosamente escondido

revela-se aos meus ouvidos

bramindo por entre o verde

que recobre as montanhas

ou pelos vãos entre as pedras

que guarnecem as praias

das investidas do mar. . .

No áspero atrito da areia

com o vento enlouquecido

que se levanta a bailar

obscurecendo meus olhos

abrem-se janelas

para que nasça o poema

inundando a alma

que se queda em paz

- da vida - não querendo nada mais. . .

- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, guardando impressões de vento, de inverno e de mar, concluído em 28/07/2013 -