A alma é uma folha em branco de papel - ( Poemas empíricos )
O homem se humaniza entre os gatos.
Enquanto ele dança nos recantos incógnitos
Poeta vê Deus como uma causa infinita
O que é a natureza pergunta o materialista?
Ela se esconde ou se revela?
Enquanto a alma é uma folha em branco de papel
Como ver o mundo se ele não se vê
E o se o novo incessante fala.
No lugar onde matam as palavras.
O ser é tudo aquilo que ele não continuou
O que ficou imerso sem ser dito
Ele é o seu conflito, o próprio Deus e o Diabo
A fagulha do mundo na boca do corpo.
Ele vive a sua felicidade no além das aparências.
O humano se constitui na forma como ele vê
No incomodo não sentido pelo prazer indizível
Que marca o afeto no feto da fala ensimesmada
Dourado registro de um poema empírico
Repletos de anagramas e paisagens incessantes.
Descobertas na éter idade dos destinos cruzados.
De Fernando Henrique Santos Sanches
Poeta das Almas