A BRITADEIRA

Nenhuma palavra

- escrita ou falada -

a romper o silêncio

e a incomunicabilidade. . .

apenas o vazio

que se crava

na pele suada

de esforço e ansiedade. . .

sons indistintos

entreouvem-se longínquos:

uma britadeira

e um operário anônimo

- a me ferirem no íntimo -

demolindo a paz costumeira. . .

- por José luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, na Lapa, em 12/03/2013 –