Sobre Fadas e Poetas

Quando pequena, sonhava ser fada,

Que desnudava o mundo concedendo desejos

Com sua varinha de condão

Hoje, sou poeta

Meu condão é minha pena

Que pelas linhas fabrica

Mundo de utopia e aspiração

Ou apenas traduz minh’alma

Translúcida e peneirada

Pela latitude zero

Entre a ponta da esfera

E a celulose e o jargão

Para muitos, enigmático e inexplicável

Este viver bifurcado entre

As leis e os versos

A razão e a emoção

A necessidade e a distração

No entanto,

Eu só sobrevivo

Porque faço do meu poetar

Verdadeiro ofício

A poesia do meu ser

É o que me faz, dia após dia

Renascer

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 01/04/2007
Código do texto: T433921