1040 _ "ADEUS À SOLIDÃO!"
Paro, penso e me detenho a refletir
Tem sentido viver sempre a esperar
O contato eletrônico com a pessoa
Querida, aquela que todo momento
Está nos pensamentos ao amor fluir
Sentimentos de ansiedade a lembrar
A imagem no momento ausente, voa
Em outras plagas a cuidar de assuntos
Inerentes aos seus pessoais interesses
Enquanto aqui permaneço em sonhos
Aguardando a sua ainda incerta volta
Incerta no sentido de data do retorno
Porque tenho como certeza o regresso
Anteriormente devidamente combinado
O cruel em tudo isso é o vácuo deixado
Na minha costumeira rotina já impresso
Na vazia mente, sem diálogos ou outros
Meios de comunicação melhor envoltos
Resta-me a solidão que procuro afastar
Nas cordas do meu violão em serenatas
Onde elevo ao ar melodiosas canções
Que traduzem as amarguras alojadas
Devido a ausência da criatura amada
Que a qualquer instante estará presente
Confortando este meu abalado coração
Que certamente será consolado em gestos
De amáveis beijos, afagos em plena união!