A PORTA DÚBIA DO AMOR

Às vezes entro de forma

inadvertida,

por entender que um sorriso

abre o peito,

um olhar me convida,

uma voz, um silêncio

dizem sim...

Mas no fim,

também sei ler quando é fim...

e sendo caso de adeus,

nem preciso

daquela placa de aviso;

daquele riso sem cor;

da gentileza e do tato

de quem não quer

descer do andor...

Às vezes olho de forma

meio torta,

mas vejo bem quando a porta

de saída

diz que agora sou bem-ido;

é tudo tempo perdido;

é serventia da vida...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 28/04/2013
Código do texto: T4263391
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