Amanhã nunca se sabe
Hoje o tempo veio me falar
Que a essência de seu olhar é deserto
Deserto porque você não percebe o ciclo das estações
Passa a primavera, como também passa a melancolia dos verões
Hoje o espaço veio me mostrar
Os astros que brilham
Eles giram pela órbita da insanidade
Até voltarem para o longo caminho da eternidade
E o que se pensar de tanta desordem?
Vivo incompreendido e perdido para você
Sobrevivo a tantas leis que não criei
Nós nesse ciberespaço como famintos
Mas é na rua que estão os verdadeiros famintos
Quase todos debilitados e fracos, todos pobres, tratados como podres
O mundo gira, gira o mundo, será que vai parar de girar?
Amanhã nunca se sabe
Hoje a luz veio me revelar a liberdade
Liberdade que faz voar para uma outra estação