"TRAVESSEIROS II"

O dia se fez as onze.

Um travesseiro sem cheiro

Feito medalha de bronze

Ao lado da cama, ainda inteiro.

A sinfonia vinha de dentro.

A luz ganhou foco exuberante.

Num único travesseiro,

Duas marcas e o cheiro dos amantes.

A noite foi de magia

Como a muito não se via.

Minha deusa da alegria.

Dona das minhas fantasias.

O cabelo desalinhado.

Agora um velho jeans desbotado.

Um perfume desodorizado,

E um sonho de amor realizado.

O champanhe abandonado

Por água de coco trocado.

Os desejos retomados.

Ela feliz ao meu lado.

Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 31/03/2013
Reeditado em 20/06/2015
Código do texto: T4217144
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