BRASÍLIA : DO RISO E DO CHORO
Brasília borboleta de asas abertas
Ou aeroplano futurista
Com plano de um dia ter piloto
Pra salvar o mundo
Capital de puro concreto
Cerrado de espaços azuis
Traçados planos e ainda secretos
Um monte de gente querendo desvendá-la
Outros sonhando em conhecer a área vip
Do Lago Paranoá
Brasília construída em poucos anos
Desde o início panos escondidos
Céu azul para poucos
E é cinza nas favelas de roucos
Por clamar justiça
Brasília de Niemayer
O cara que enlouqueceu suburbanos e burgueses
Com seus traçados certos e metafóricos
Especialistas convencidos de que também satíricos
Brasília dos ô chente,dos uais e dos chês
Uma mistura
Que me faz querer um pastel e não caldo de cana
Um café porque nunca deixei de ser das Gerais
Brasília de misturas
Muitas cores envoltas na areia e cimento
Um patrimônio de ferros e armaduras
Venham!Façam parte desse não poder
Porque quem manda não deixou cadeiras pra outros sentarem
Mas tem muito cidadão com brandura