BRASÍLIA : DO RISO E DO CHORO

Brasília borboleta de asas abertas

Ou aeroplano futurista

Com plano de um dia ter piloto

Pra salvar o mundo

Capital de puro concreto

Cerrado de espaços azuis

Traçados planos e ainda secretos

Um monte de gente querendo desvendá-la

Outros sonhando em conhecer a área vip

Do Lago Paranoá

Brasília construída em poucos anos

Desde o início panos escondidos

Céu azul para poucos

E é cinza nas favelas de roucos

Por clamar justiça

Brasília de Niemayer

O cara que enlouqueceu suburbanos e burgueses

Com seus traçados certos e metafóricos

Especialistas convencidos de que também satíricos

Brasília dos ô chente,dos uais e dos chês

Uma mistura

Que me faz querer um pastel e não caldo de cana

Um café porque nunca deixei de ser das Gerais

Brasília de misturas

Muitas cores envoltas na areia e cimento

Um patrimônio de ferros e armaduras

Venham!Façam parte desse não poder

Porque quem manda não deixou cadeiras pra outros sentarem

Mas tem muito cidadão com brandura

Marcela Cristiane
Enviado por Marcela Cristiane em 24/03/2013
Reeditado em 21/04/2014
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