CÁLICE DA VIDA
Por mais que se queira evitar
Não existe outra saída
Pois, todos devemos tomar
E sorver do cálice da vida.
Seu líquido adocicado
Pode seu sabor mudar
De um modo inesperado
E em amargor se tornar.
Isso traz uma grande lição
Nem sempre compreendida
Que é desfrutar com moderação
As coisas boas da vida.
Devemos saborear com cuidado
O líquido com sabor do mel
Mas estarmos preparados
Pra sentir o gosto do fel.
O cálice nos dá a dualidade
De tudo que na vida existe
Contra a noite vem a claridade
Contra a alegria, o estar triste.
O amargo se opõe ao doce
O quente se opõe ao frio
E de qualquer forma que fosse
O cheio se opõe ao vazio.
Assim é a dualidade
Onde tudo tem seu oposto
Encerrando grande verdade
Onde nada disso é suposto.
E, assim, do cálice da vida
Ninguém deixará de beber
E a vida, feliz ou sofrida
Será o prêmio pra quem merecer!
Daniel L Oliveira - Ilha Solteira/SP - 19/03/2013 – 19:00 h