Riso
Não tão imprevisível
Encantei-me pelo teu riso
Pudera eu sorri-lo todo dia
À vista do teu desfastio
Como que ressurge do abismo
Salva-me, eu que estou no precipício
Não antes, mas tão logo
Vai-se a onda que bate em meu torpor
Tão raro tornar teus olhos os meus
Vistes meu alento?
Esculpido no contorno do cálcio fosco
E meu coração se enterra apertado e salvo
Em meu peito cor de fel
Quando não é dia do teu riso cheiro de mel