subverme
eu sou o subverme
aquilo que circula nas intraessências desprovidas
o que corrói onde circula, e mal diz a vida
eu sou a sombra onde a morte canta sereiamente
e o desespero da agonia que turba a qualquer mente...
eu sou o subverme
aquele que não tem serventia
as excreções venenosas, e doentias
das quais se alimentam horrendos vermes fiéis
que labutam dia e noite, noite e dia
afim de transformar-me materialmente
em substâncias aceitáveis, úteis essências,
mas que me revolto e escapo por poros vulcânicos
e, ingrato à compaixão do ser vilão,
veneno que sou tento liquidá-lo e me abandono
aos escombros limbônicos infernais
e então me vêm outros seres lastimáveis
a me fazer passar, me mastigando,
e de novo, e novo, e novamente me cagando,
pelos, e através dos intestinos de satanás...