MEU "BASEADO"

Há poemas que têm que ser poemas,

não importa se têm ou não razões;

criam temas, inventam seus enredos

como as ervas que nascem por si só...

Muitos versos não vêm da inspiração

nem têm fundo, alicerce, coerência,

são essências do nada e forjam tudo

entre os dedos que fumam a caneta...

O poema que agora se derrama

não odeia, não ama, não confessa,

só é mais uma peça em meu engenho...

É que agora não tenho o que fazer

que não seja um poema "baseado";

minha erva; meu vício de palavras...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 28/02/2013
Código do texto: T4164182
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