portas engolidoras

entrei então naquele lugar...

e dei um grito de choro, foi meu primeiro ato,

não sabia onde estava, nem porque estava,

eu apenas senti uma pancada, como se estivessem segurando minhas pernas...

lá tinha muitas portas,

elas de repente apareciam,

para alguns elas não tinham pressa

era como se eles as vissem,

para outros era um desespero...

encontrei amigos lá, caminhavam comigo,

e muitas vezes, ao desviar o olhar,

eles mesmo eram engolidos por portas devoradoras,

e eu fui ficando meio oco...

mas vi de certo modo a dinâmica das portas engolidoras

e então percebi que eu mesmo já tinha passado por muitas delas,

e, como flor se abrindo ao sol que a recebe

eu também de vez em quando renascia...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 26/02/2013
Código do texto: T4161528
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