de infinitas faces afetivas...

eu sou aquele que de gritar perdeu a voz

em cujo o desespero pousou em silêncio

no qual as e drogas não fazem mais efeito

e que se quedou num canto alheado de si mesmo

como a querer ouvir qualquer voz

dentro do abismo em que me encontro

a me refletir em múltiplas faces dentro da escuridão...

eu sou aquele que tem os gestos comedidos,

a cabeça deformada de bater nas paredes

e os punhos todos quebrados para sempre,

assim como quem bateu no chão com toda força

como a querer abri um lugar que me coubesse,

como a querer sentir alguma vida,

mas que teve que levantar os olhos

dentro da madrugada e se apegar as crenças antigas

de que existe alguém que se importa conosco

e que nos quer do jeito que estamos

assim mesmo perdidos e descontrolados

como se tivesse nos preparado uma cama,

e, para nós existisse uma história infantil

que acompanha uma canção de ninar

que levamos para dentro do sono

assim como quem viu do desespero brotar

uma rosa de pétalas luminosas, de infinitas faces afetivas...

boa tarde.

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 17/02/2013
Código do texto: T4144898
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