Minha fidedigna
Minha fidedigna,
Companheira das horas pesadas,
Estrela absoluta de meu olhar perdido,
Minha amada de todas as eras,
Eu te abraço com este pensamento
Sentindo-te a presença em meu coração vazio de teu beijo de lábios ausentes...
Eis me aqui na vida, na luta, a andar sozinho
Carente de teus olhos remotos
Que alcançam minha alma da distância infinita
O mundo chora as ausências presentes
E eu ando entre as gentes sentindo
E, mesmo tendo a certeza de que estás comigo,
Às vezes eu choro demoradamente na noite dos seres caídos...
Ergue-me querida com teu afeto sereno, e dai a mão, que tenho medo...
Estou aqui, mas sempre caminhando,
E quando eu deito-me me encontro contigo
Como o preso que olha da sela a lua distante...
Oh minha fidedigna, te trago a flor murcha de meu coração,
E os olhos sem brilho, enfraquecidos pela saudade de viver longe de ti...
Desculpai-me o tom meio noturno, eis que meu olhar se encontra
E surge em mim uma força nova que me alegra,
Vamos querida, volto a lutar...
23.01.13, 15h20min