Citrino
Dos pequenos citrinos
das quais vejo meu reflexo a brilhar
Pulsam das órbitas oculares toda uma vontade de querer
até mim chegar.
Das mãos trêmulas que me esboçam torto
um belo sorriso em meu rosto
Fruto da paz de acariciar teus cabelos Rocco
Da segurança assaz
que meu sorriso refletido no teu traz.
Das não declarações transparentes
que revelam um amor inocente
São declarações intransparentes
que detrás das gargalhadas se intimidam
Mas do meu amor eu provo o teu
assim como do teu, se prova o meu.
De nossas caligrafias bagunçadas
que escrevem um amor ilegível
É do corpo que treme
Da mão que queima nas poucas chamas macias
Que nossos corações juntos,
Sentem.
Do sonho que se quer fazer presente
do querer sonhar o consciente
E do que nos acalma mesmo que impresente
Das nuvens se levanta sorridente
Dos fortes lábios que se erguem
ao choque da bruta esperança.