DA INDEFINIÇÃO POÉTICA

Clareza, eu não procuro,

muito menos, mostrar caminhos;

mimetizo-me em palavras,

oculto-me em textos,

sem rigores, regras,

métrica, formas pré-definidas,

alicerceres ou bússolas. . .

Dentro dos meus versos

o sentido explícito nunca se enxerga,

ocultado que se acha nos desvãos da folha,

dentro de espessa bolha,

que, se não é fuga,

é como me disfarço

para fugir de meus acessos

de razão e lucidez. . .

- por JL Semeador, o José Luiz de Sousa Santos, na Lapa, poema que estava encruado e que consegui enfim terminar na noite de 03/02/2013 -