Oh, capitão!
Salvo-nos de todas as tempestades
Apenas meus braços movem os mastros,
Enquanto bailas nas taças de vinho
Em um brinde à bela guerra
Entre os deuses
Guerra que aparto, eu
Que evito os grandes naufrágios
Mas o mérito é todo seu
Oh, capitão!
Que tomava o leme em uma das mãos
E com a outra embriagava-se
Divertindo-se com os marujos
Em tua solidão
Em resseca jurava guiar
O amor em um pequeno barco, perdido
Entre os vários oceanos do atlas
Mas que não sabia dos perigos de velejar em alto mar
Nunca valorizou o sossego das calmarias,
Frequentador das águas frias
Mas o mérito é todo seu
Oh, capitão!
Chegamos em terra
Enquanto apoiava-se no leme como uma das mãos
E com a outra afogava-se
Em tua doce ilusão.