Quase eterno.
Já não sabes o que vives
Perdeu-te em teus encantos
Tuas glórias, origem de teus prantos
Perdeu a consciência e tua essência
Carrega um peso que por enquanto sustenta
Mas não sabes até quando aguenta
Esperas, esperas e esperas
Tanto tempo tens à esperar
Enquanto o fim não chega,
No ponteiro circular,
A eternidade que já se esgotou
E do tanto que esperas
Vosso prazo há de acabar
Sem que saibas ou que percebas
Teus sorrisos hão de se desfigurar
Lave tua alma que não se cura
Teve o mundo por um tempo
E em pouco tempo perdeu teu mundo
Para a eternidade que não há de chegar
Em vosso ponteiro circular
O infinito tem um fim.