Teu, meu, eu.

A dor que bate

Do baque da saudade

O pulso que por ti pulsas

Morre antes do fim da nossa eternidade

Sangra-me o que vive-me

A fisiologia de ser meu

A contrastante patologia

Não tenho o que me pertence

Ainda que só dure um certo tempo

Machuca-me

Respira-te que sobrevivo

Apressa-te os passos

Chega à mim em teu sorriso

Envolve-me em teu abraço

Seca-me, as lágrimas que me escorrem a face

Basta tua presença, tranquiliza meus pensamentos

Basta da eterna angústia, da dúvida

Do desconhecer teu retorno

Ter longe do teu corpo, o meu corpo

Sinto a presença de tua alma

Choro ao não ver teu rosto.