INDIGENTE

O meu ego não ganhou patente

O meu íntimo desfila exposto.

Sem cadastros, como indigente,

Meu espírito não paga imposto.

Minha gana, muito lerdamente,

Provou meu paladar sem gosto.

E os meus sonhos sem conta corrente

São credores do próprio desgosto.

Min'dentidade, pobre descontente,

Já nasceu sem assumir seu posto...

Meu patrimônio, vago e indecente,

São memórias de um nome sem rosto.

Josadarck
Enviado por Josadarck em 19/01/2013
Código do texto: T4093459
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