O dono da madrugada
É leve a vida daquele moço
Que risca versos, insone e insosso
Perpassa a noite rimando suas verdades
Sonha sua boca apenas um gemido
Pra trazer paz ao peito já dorido
E dar vazão à sua tempestade
É longa a noite daquele moço
Sono profundo, fundo do poço
Horas passeiam nas ruas da cidade
Na rua uma gata faz serenata
No céu a lua desatinada
Flerta com o dono da madrugada