DIAS DE INVERNO
DIAS DE INVERNO
Defeitos sem que tenho.
Não posso negar-te.
Conheço o Fardo,
Que afugentas o Calor,
Hoje para mim ausente.
Pela névoa que paira,
Constante e Incessante.
Gelo-me ao ouvir de ti,
Palavras que lembram o fim.
Nos meus ossos,
Remorsos, do que não fiz.
Petrificado pela hipotermia
Do meu sentimento hibernado.
Sou Passado,
Envelhecido,
Boêmio que da vida,
Suga um pouco mais de tempo.
Na eterna ambigüidade
De sua convivência que
Me faz dela dependente.
O que posso fazer?
Jamais serei outro.
Se fui, sou.
E assim exato,
Para todo resto serei.
Se alguém...
Algum dia viveu,
Exato por isso,
Hoje Vivo.
Somente não sei,
Se amanhã viverei,
Para rever o sol.