Entre frestas

Minha arte se reclina

D’outro lado do espelho

Onde o teto é ruína

Nas verdades que destelho

Minha poesia não trafega

Pelas curvas da estrada

Ela pega alguns atalhos

Pelas vias do ato falho

Minha rima não reside

Entre as grades do limite

Ela apenas nega estas

E nas frestas se transmite