968 _ PRISIONEIROS DA MÁ SORTE

No pulsar atômico do cogumelo sanguíneo

Misera sorte desponta em mortes horrendas

Quando a sonhar com deliciosa merenda

Do ser humano ao nostálgico declínio.

No seio da terra um abismo imenso

Entre frio e silencio vãos os sonhos de vida

Trejeito impulsivo em desgosto ao universo

Hiroshima e Nagasaki, as duas feridas.

Pelos ventos a soprar infortúnios mutilados

Na miséria corpos frios estáticos inertes

Sentindo todos, pelo mundo desamados.

Ainda que vagando a esperança na morte

Crianças defeituosas até hoje perturbadas

Exonerados prisioneiros da má sorte.

KÁTIA PÉROLA
Enviado por KÁTIA PÉROLA em 24/11/2012
Código do texto: T4002084
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