RUPESTRE

Uso a vida pra ser o que me cabe,

levo o mundo nas malhas do meu sonho,

ponho a sorte na conta do futuro

e me deixo seguir sem grandes medos...

Tenho tudo apesar de quase nada,

quase vivo de grilo e mel silvestre,

sou rupestre nos vãos contemporâneos

destes tempos pra lá do meu conceito...

Aprendi a viver onde já sei

que no fundo se morre até à morte

pela lei de viver além da conta...

Quero apenas o quanto me provê,

ter o céu que a tevê mudou de cor

e o amor que as novelas não fraudaram...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 21/11/2012
Código do texto: T3996973
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