O LADO AVESSO DO VERSO


Às vezes fico horas à toa,
De lápis e papel na mão,
Enquanto o pensamento voa
Ao longe rio da inspiração.

Melhor fora que em tal momento
Não houvesse rio sobre o chão.
Que me não escorresse da mão
Este barro amargo e cinzento
O qual me mata e me angustia.
Quem quer que o chame poesia,
Que eu a ele chamo sofrimento.

- Sofrimento que não se via.
Aécio Cavalcante
Enviado por Aécio Cavalcante em 01/03/2007
Código do texto: T397108