Socorro à vida
Paro,
Olho,
Observo.
Vejo papéis
Com muitas informações.
Informações antigas,
São documentos.
Para que servem esses documentos antigos?
Cheirando a mofo,
Com fungos se banqueteando,
Nesta saborosa iguaria.
Mais eis nele algo que chama atenção.
Atenção!
Atenção!
Atenção!
Há mais do que informação,
Mais do que cheiro de mofo,
Do que fungos em banquete.
Há memórias que clamam,
Clamam para serem ouvidas.
Há descobertas a serem feitas.
Memórias que clamam,
Clamam por socorro.
Estão em deterioração.
Rápido!
Chamem os socorristas,
Para-médicos,
Levem para o hospital.
Conservação!
Restauro!
Socorro feito,
Documento conservado,
Restaurado,
Livres do mofo,
Livres dos fungos.
Cuidado!
Manusei com cuidado,
Não são simples papéis,
Sem vida.
Há vida,
Memórias,
Estão em suas terceiras idades.
Pesquisados,
Ingeridos,
Novos sopros de vida recebem.
Alegres!
Felizes!
Voltam para a vida.
Não estão mortos.
Nem habitam obscuros arquivos mortos,
E sim vivos arquivos
Com suas memórias,
Próprias vidas,
Dinamismo.
Almejam companhia
Re-memorização
E cuidados,
Novo sopro de vida.