ONTEM!
Já tive muitos “amigos”,
[Com eles me divertia.
Eu tinha um bom salário,
Para gastar todos os dias.
Eu tive até amizades
Que me faziam companhia,
[Era só eu telefonar
Que eles logo apareciam...
Já tive muitos “amigos”
Quando eu era “bem de vida”.
Porém, eles logo sumiram,
Quando me vi na descida.
Eu era até convidado
Para almoços e jantares,
Na casa de importantes,
Políticos e militares.
Até já residi em uma linda mansão,
Com lindos jardins em sua volta,
Tinha piscina e pomares,
Até um pezinho de limão.
Já tive vários automóveis,
Que comprei só para “curtir”,
Com um eu ia ao trabalho,
O outro para me divertir.
Eu tinha em “minha” mansão,
Até muitos serviçais.
Que me serviam nas mãos.
Eu já tive até motorista,
Que me levava onde eu queria.
Já tive bons secretários,
Estavam comigo todos os dias.
Até já teve “alguém”
Que confessou me amar.
Eu me iludi por completo
E me fiz acreditar.
Enquanto eu estava “podendo”,
Eu era até bajulado,
Porém por interesses menores,
Por “amores” que confiei,
E que viviam a espreita,
De pegar-me desprevenido
Para praticarem maldades,
E covardes traições (...).
Infelizmente este é o pondo fraco,
Que persegue os poetas,
Por repudiarem maldades
E sonharem com o puro amor.
Vivem sempre enganados,
Por pessoas sem pudor!
(LEIAM TAMBÉM O POEMA "HOJE!")
“JAMAIS CONFUNDA O POETA COM A SUA OBRA”
(POPE - 1688 - 1744)" - Epistola II -