Hospício Geral
 
Fala o roto do amarrotado
sem perceber o seu desalinho,
e no embalo desse torvelinho,
fala o sujo do mal lavado.
 
Senta o macaco no próprio rabo
e aponta o rabo d’outro macaco,
as calças a brigarem co’o casaco,
a foice a desentender do cabo.
 
A grita é cheia, louca, confusa,
dedos longos apontados, em riste,
uma cena lamentável, muito triste,
onde quem não delata acusa.
 
Ond’iremos parar nessa balbúrdia?
Onde fica a ordem? E o progresso?
Debaixo da desordem e do regresso
que promove a mente estapafúrdia.
 
Aleki Zalex
Ago2012.
Imagem: Google
Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 18/08/2012
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T3837445
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