Da Madrugada à Alvorada
Ir em frente sem querer
É uma violência consigo
Até hoje questiono:
Imaturidade ou amor?
Desolado, opto o verde
Dupla violência
Estive pensando que o incômodo não é o outro
É que a vivência se desfez
E estou longe para ver as marcas
Pois é impossível que elas não existam
Hoje não consigo concentração
Ontem não podia respirar
O quadro clínico é bom
Mas coça,
Às vezes sangra
Entendo que preciso de um lugar e pessoas permanentes
Penso que devo existir para além das coisas
Se tudo foi aprendizado, não sei
Prefiro caminhar cada passo
E desviar dos buracos
Pergunto o que virá em seguida
Agora sei que quero deixar a noite
E ver os primeiros raios da alvorada